Bloco afro Ilú Obá De Min completa 20 anos
Agremiação abre o carnaval de rua paulistano no centro da cidade
Planos para o Carnaval 2025
O bloco divulga também o enredo para o cortejo da festa de momo no próximo ano. Com o tema “Girlei Luiza Miranda – Tambores Sempre Tambores”, vão cantar a trajetória da cantora e percussionista, uma de suas fundadoras. A participação na folia será ao som dos tambores, xequerês e agogôs. Os dançarinos e pernaltas sairão em marcha pelas ruas do centro de São Paulo na sexta-feira, 28 de fevereiro, e no domingo 02 de março de 2025.
O bloco afro paulista Ilú Obá De Min completou 20 anos de atuação nesta quinta-feira (7). A agremiação, que conta com uma bateria de 400 mulheres, atua com elementos do que definem como um “ecossistema afrocentrado” para valorizar a presença negra e feminina nas artes públicas. O Ilú abre o carnaval paulista há duas décadas com cortejos nos quais conduz a multidão pelas ruas do centro da cidade, festejando elementos da cultura negra afroamericana, da ancestralidade e trazendo para o debate pautas como a violência contra negros e a importância do empoderamento de mulheres negras.
Em nota, a fundadora Beth Beli comemora o fruto da mobilização coletiva, ao afirmar que “Olhar para trás e ver o que construímos ao longo desses 20 anos é compreender que estamos sempre em movimento, revisitando as histórias das nossas ancestrais, unindo as nossas próprias narrativas, para que assim, a gente construa novas histórias. O Ilú Obá De Min é grandioso e não somente por trazer as nossas narrativas pretas, mas principalmente por ter um mar de pessoas que fazem que o Ilú Obá de Min seja este grande ecossistema de educação, arte e cultura negra. Temos muito que comemorar, penso e observo que no mundo ainda não existiu um trabalho que una cerca de 400 mulheres negras soando seus tambores para quem ainda insiste em ‘dormir’. E se depender de todas nós, continuaremos festejando as nossas conquistas e nosso bem viver “.
Beli e Mafalda Pequenino assinam espetáculo comemorativo da data, no qual “destaca a importância das mulheres negras na trajetória do bloco e na cultura brasileira, apresentando performances que resgatam ritmos e tradições afro-diaspóricas”.